Parkbench Studies: The Graveyard’s Shift
http://www.hiphopdx.com/index/columns-editorials/id.1390/title.parkbench-studies-the-graveyard-s-shift/p.1Apanhei esta cronica no hiphopdx.com e das melhores que li ultimamente>
Fala de todo o percurso da KOCH Records, desde a sua fundacao em 99 ate a actual data.
Jake Paine e um dos melhores cronistas do site e do cenario de criticas de hiphop americano que tenho visto.
O mano enfatiza essencialmente 3 periodos que destinguem a linha de vida da KOCH:
A genese, em 99 ate 01 foi memoravel, provavelmente a altura de maior saude da editora, contou com os lancamentos de KRS-ONE - sneak attack e KOOl G RAP a partir do negligenciado pelas Majors Giancana story.
Atraves do sneak attack produzido sobretudo por Domingo e Pete Rock, a koch viu o periodo de maior sucesso critico
e comercial.
A filosofia que predominava ontem e a mesma que lidera hoje, uma politica laissez-faire em que o artista goza de rigorosamente nenhuma restricao, senao o cumprimento de datas. Oferecem royalties bastante vantajosos aos Artistas porque nao investem dinheiro em promocao e marketing. E precisamente por nao investirem em marketing, ou seja, em mercados imergentes onde as Majors stressam o seu mercado, que so assinam Artistas estabelecidos. Ha quem argumente, fracassos do maintream e old timers. Esta mesma filosofia marca a segunda fase da KOCH registada por niveis de qualidade musical, vendas e defice critico tao podre que em 09 decidiu mudar de nome, a nova embarcacao passa por E1 entertainment.
A estrategia da KOCH descrita acima e inteligente, "baza apenas contratar niggas com nome pra nao termos de fazer grandes gastos comerciais e termos retorno suficiente pra lancar outros artistas e ainda fazermos algum lucro" lindo.
O unico problema e que nao se preocuparam com criterios, toda gente podia lancar-se pela KOCH quando inicialmente era apenas uma rota para que os "Artistas de culto" como KRS e G Rap que nao tinham espaco no mainstream trilharem caminho na cena indie. A KOCH mudou a politica e disse que nao queria ser uma RAWKUS, uma editora utopica que so apostou em musica de qualidade, mas uma editora de todos os artistas que quisessem lancar discos nela, permitiu que a NO LIMIT mesmo apos ter perdido o seu impacto na pop e a guerra publica com a CASH MONEY, despejasse todo o lixo dos seus cantores no quintal partilhado pelos artistas de qualidade que ja tinha, essa jogada desiludiu qualquer um que pensava que estavamos perante uma Stone Throw, Roadrunner ou DEF JUX. A KOCH Sempre teve uma politica de nao interferencia na criacao Artistica, niveis ridiculos de liberdade, que resultou em projectos de qualidade diarreica nos ultimos anos, sobretudo em comparacao com o registo previo do seu catalogo de Artistas, o Prodigy, o Havoc, AZ, Dogg Pound, Skillz todos eles tem trabalhos de merda editados na KOCH, como eles ha muitos outros. Nem os proprios artistas da KOCH levam a KOCH a serio, tratam os albums como mixtapes ou side projects clamando estar na KOCH apenas como uma plataforma de lancamento temporario, nem todos, apenas grande parte :) lol. Mas a KOCH nao se parecia importar muito com esse estatuto de "editora de lixo", "graveyard" alcunha de 50 cent e "sem criterio" ate esta recem nascida e terceira fase...
A terceira e nova fase da KOCH baptizada agora de E1 entertainment. Supostamente a politica e a mesma so que vai haver mais criterio nos lancamentos e na escolha dos MCs - Slaughterhouse foi o primeiro e os rumores circulam que esta interessada nos direitos de "greatest story never told" do SAIGON (um mito de album produzido pelo just blaze, que nunca viu a luz do dia) , Bishop Lamont - Reformation e o Cormega - urban legend na mesma situacao de limbo, concluidos, esperados por bolsas de fas mas sem data de saida por desacordo editorial. Seria bonito.
Verdade seja dita, nao existem instituicoes perfeitas, em plena era digital, editoras nobres e lindas como a Rawkus, a minha editora favorita de sempre sao utopicas. Mesmo a Rawkus, veio a descobrir-se apesar de so ter apostado em talento puro, mantinha um controle rigido sobre a producao dos albums, coisa que a Koch nunca fez(talvez ate em excesso). A propria Google tem as suas limitacoes e certo, por isso temos de acarinhar a KOCH, que apesar de algumas escolham graves, como a da no limit (toda gente sabe q o rap passa por fazes e modas, era notorio ao virar do seculo para qualquer atrasado mental que No limit nao tinha como durar), sempre deu espaco pro hiphop se manter vivo e ter pelo menos uma plataforma de visibilidade e lancamento. Num espaco de 10 anos a KOCH lancou 4 ou 5 albums consistentes diria, KRS one, G rap, pelo menos 1 dos MOP e albums da WU e 2 classicos, Death is certain do Royce e The brick do Joell Ortiz, ha quem argumente que e muito pouco pra tanto lancamento. Eu argumento que se nao fosse essa politica de lancamento destructurado, se calhar nem haveria mais hiphop, porque muitos dos artistas que passsaram pela KOCH conseguiram melhores deals mais exposicao e manter a carreira a nivel de agua sem nunca afundar. Por isso props pra KOCH.
Durante o periodo do Jim Jones como director da Koch, outro erro, assim como aquele que descrevi como a segunda fase da editora cometera-se decisoes pauperrimas, todos os artistas do catalogo foram excumungados da radio e da tv como sendo "nao relevantes" e pertencentes a editora de lixo e de ausencia de qualidade, com a excepcao do Fat Joe e dos Diplomats, ate o J R Rottem que aparentemente andou com a Britney lol. Ao que parece este resurgimento promete mais rigor, o single "the one" dos Slaughterhouse teve air play minimo no meio das playlistas com as ladys gagas e mudas e video alguma rotacao televisiva. Pode ser que seja possivel fazer-se carreira na KOCH. O Papoose e o Saigon podiam tar la se tivessem um pouco mais de humildade e se gostassem tanto dos fas como dizem...Props a KOCH a ultima linha de defesa do HipHop.
Salvamarte
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