sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Hugo Chavez responsabiliza Estados Unidos pelo sismo no Haiti!


O presidente venezuelano diz que o sismo que devastou o Haiti foi causado pelo teste de uma arma da Marinha norte-americana.

Num comunicado divulgado na rede estatal de televisão venezuelana "Vive" e que ganhou eco na imprensa mundial, o governo venezuelano afirma, com base num relatório preparado pela Frota Russa do Norte, que "o sismo do Haiti foi um claro resultado de um teste da Marinha americana" com "uma das suas armas de (provocar) terramotos".

Segundo o documento, a frota russa do Norte "monitoriza os movimentos e as actividades navais americanas nas Caraíbas desde 2008, altura em que os EUA anunciaram a sua intenção de restabelecer a Quarta Frota, dissolvida em 1950".

O relatório compara "o teste de duas destas armas de terramotos" realizados na semana passada pela Marinha americana. A experiência feita no Pacífico terá provocado um terramoto de magnitude 6,5 em Eureka, na Califórnia, sem vítimas, "enquanto o teste realizado nas Caraíbas provocou a morte de pelo menos 140 mil inocentes", pode ler-se no documento.

Segundo o texto russo, "é mais que provável" que Washington "tivesse conhecimento total dos catastróficos danos que este teste poderia ter sobre o Haiti e por isso posicionou um dos seus comandantes, o general P.K. Keen, na ilha para supervisionar o acontecimento".

Em relação ao objectivo de Washington com os testes, Moscovo e Caracas afirmam que "no resultado final dos testes destas armas está o plano dos EUA da destruição do Irão através de uma série de terramotos pensados para derrubar o actual regime islâmico".

Por fim, o documento denuncia que "o Departamento de Estado, Agência Americana de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Comando Sul dos EUA começaram a invasão humanitária ao enviar pelo menos dez mil soldados e empreiteiros para controlar, no lugar da Organização das Nações Unidas, o território haitiano após o devastador terremoto experimental".


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O problema que se coloca com o Hugo Chavez, é que já nem a nivel interno tem credibilidade. A minoria esclarecida da Venezuela já o conseguiu expor como um mentiroso, propagandista de dimensões de Joseph Goebbels e até como um corrupto ao colocar a familia em postos hegemónicos.

Parece que leu o livro "Como passar de héroi socialista a ditador em 5 minutos" ao utilizar todos os clichés de conservadorismo contemporâneo conhecidos até a data, nacionalizações que não impactuam na condição de vida miserável do povo, mudança da constituição para perpetuar o poder, opressão, propaganda massiva com punho de ferro sob a comunicação social, asfixia da liberdade de expressão. A nível internacional Chavez até já é visto como um palhaço, não soube gerir o mediatismo e expos-se em situações circenses que desiludiram o mais utópico dos esquerdistas.


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"Prova"

Há poucas coisas que tomo como dado garantido, todos os ideias são passiveis de mudança, aquilo que tomo como dado garantido, é que sou fundamentalmente um humanista e um pensador alternativo, mas a isto vindo do Chavez eu digo: PROVA bro!

Mostra o dito relatório, expõe o documento, parte a loiça, deixa o "Rei nu" bro, porque falar já falaste muito e até mesmo os Espanhóis que roubaram o teu país e continente durante séculos não se coibiram de te mandar calar a boca em publico. Digo que és só teoria mano, és só boca, és só incendiário, és só inflamatório bro...estamos fartos disso, portas-te como um palhaço e ninguém nunca vê os frutos das tuas sementes. Acho-te um bêbado de poder, aspirante a Fidel Castro versão fast-food para pseudo-socialistas, não me convences, eu sei que vais querer vir falar bro, mas é escusado, porque é que não te calas e fazes desta vez?




Extraído do - Económico

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O aviso final - Ambientalista James Lovelock!



James Lovelock é um ambientalista com uma teoria muito interessante sobre o ambiente – chama-se teoria Gaia. - O seu percurso é digno de um profeta, tendo previsto o aquecimento Global antes sequer de ter denominação em plena guerra fria. Dedicou a vida inteira a estudar e a teorizar o comportamento do planeta, e mesmo aos 90 anos...continua.


Bro já nos anos 70 começou a falar dos problemas que a Terra esta a enfrentar agora, cheias, aquecimento global, katrinas, tsunamis etc. Explicou tudo que está a acontecer feito Julio Verne a profetizar a chegada dos submarinos, mas como uma teoria académica ao invés de ficção cientifica. Claro que qd apresentou a tese viram-no como um conspiracionista catastrófico demente. Hoje é visto como um herói de dimensão profética, tem um livro acabado de escrever “The vanishing face of Gaia” não sei se foi ou se será editado em Português, mano tá com 90 ANOS! E tá aí lucido a dar entrevistas e a explicar de forma clara e minuciosa cada etapa da sua visão. Acho que sem idolatria, todos nós deviamos pelo menos ouvi-lo, senão pelo seu estatuto de ancião pela dedicação de uma vida à Terra e a humanidade.


Lovelock diz que usar lâmpadas de baixo consumo, emitir menos co2 e andar de bicicleta e os esforços todos que fazemos são futeis apesar de fazer vénia à re-educação da humanidade e à vontade que demonstra em reformar-se,elevar-se e transcender. Contudo, considera já ser tarde demais considerando a envergadura do problema. Portanto considera que mesmo a nivel colectivo já vamos tarde demais, a revolução na Terra é inevitável, “a unica coisa constante no mundo é a mudança”, especialmente quando forçada pelo comportamento suicida que temos nutrido que paralela com a nossa noção ilusória de progresso e avanço.


O Ambientalista Prevê cheias que inundarão as grandes metrópoles do mundo, aumento de temperaturas tão drásticos que a Europa vai-se assemelhar a Baghdad. Lovelock dá profunidade à sua tese, ao afirmar que o planeta vai sobreviver assim como a raça humana, mas a um preço muito elevado, com os sismos, cataclismos, cheias, furacões e potencialmente reconfiguração geográfica, pq gaia –a teoria do organismo vivo, vê o planeta como um ser vivo que vai-se reajustar visceralmente num exercio de sobrevivência.


A salvação já não passa por medidas individuais. Propõe medidas que especialistas reiteram e simultaneamente rejeitam, não estivessemos nós a falar de ciência. A ciência será eternamente dividida. A questão é que este homem já acertou uma vez, o que é que nos faz pensar que estará errado agora? Merece pelo seu percurso, ser levado muito a serio.


Sugestões de James Lovelock:


– Sugere de forma indirecta a reforma do dinheiro, que apesar de ter gerado muito progresso, esta a impossibilitar clarividência e funciona como um lobby estorvador daquilo que é necessário fazer para a manutenção da humanidade e civilização como a conhecemos.



- Defende a utilização de energia nuclear, na medida em que o tabu criado à volta da questão deriva de propaganda da guerra fria, usa o exemplo da Inglaterra que usa energia nuclear há 40 anos e que nunca ninguem morreu ou saiu lesado com a utilização da mesma.


- Mais que a energia nuclear apoia a fusão nuclear e que se esforços fossem alocados pelas “instituições” relevantes sem cinismo, seria uma monumental fonte de produção de energia.


- Afirma que o grande problema relativamente ao ambiente e a resistência à mudança nem são os factores comuns, aqueles que geralmente levam a guerra e às catastrofes da historia da humanidade – comunicação débil, ignorância, medo...tirando a principal – Ambição de uma minoria que detém o controlo e o poder de decisão não tem vontade de tomar as decisões necessárias para o bem colectivo. Toda a história da humanidade tem sido definida pela minoria dos que têm os meios de produção e a maioria à mercê da minoria, neste caso não é diferente senão na consequência final – vamos voltar à estaca 0 como as civilizações primitivas. Lovelock questiona se vamos conseguir salvaguardar o know-how e o legado da nossa história.


- Facto: Investimos mais dinheiro em “ringtones”(toques de telemóvel) do que em desenvolvimento em fusão nuclear, ou como absorver luz do sol.


- Lovelock diz que a redução de dióxido de carbono passa por criar rotinas de transformar o nosso lixo em carvão e que a ideia de enfiar o dioxido de carbono debaixo da terra para reduzir os seus efeitos devastadores é irrealista e que no fundo a industria de produção de energia que tem investido nessa opção sabe disso.

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Ele fala de forma clara e com analogias simples :


“Pensamos na Terra como um ser vivo – Agora imaginemos que temos um cavalo num estábulo a aquecer, em estado febril, com medo e assustado pela sua vida, acham mesmo que dizer “tem calma, não é tão mau como pensas” o acalmaria?"


“Temos de parar de tentar salvar o planeta, não somos capazes ou sequer temos inteligencia suficiente...o Planeta vai salvar-se a si próprio. Não morrerá nem nós morreremos, mas vão ser tempos extremamente dificeis”


Vivienne Westwood – A fashion designer vê Lovelock como um dos seus idolos e foi ela e a sua influência que permitiram que esta entrevista ocorresse no mainstream. Entrevista Retirada da revista – Dazzed and Confused.







mais info: http://www.jameslovelock.org/




Salvamarte.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Divida Externa latino Americana - Discurso do Embaixador Mexicano


Dívida externa da América Latina


Outro ponto de vista. Também aplicável a África.


O tema é recorrente mas o Discurso é tão inteligente (pelo irónico e humor) que acho que vale a pena refazer a sua leitura.

Dívida externa da América Latina


DISCURSO DO EMBAIXADOR MEXICANO

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência
indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.

A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.


Eis o discurso:

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os
que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca
autorizei que me vendesse.

Outro irmão europeu explica-me que toda a
dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também
posso reclamar pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos
de prata provenientes da América.

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!


Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.


Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, com Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à
inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados
ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.


Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.


Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores
da álgebra e de outras conquistas da civilização.


Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar:
Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de
extermínio mútuo.

No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de
500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia
barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual
uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar
de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do
Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300
anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus.

Feitas as contas a partir
desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem
não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios
da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do
pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como
primeira prestação da dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade
Europeia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa.

Simon Cowell - A destruição da musica vs. I-generation





Quotes of the decade

"I'm interested only in making money. I mean, that's absolutely the only criterion I attach. That's it. ... That's the only thing we think about: Will it make money?" (Simon Cowell explains his philosophy).





Esta citação é vista como uma das mais emblemáticas da década e de certa forma, encompassa aquilo que definiu a industria da musica nos ultimos 10 anos, regurgitada pelo homem mais influente do ramo nos ultimos tempos.


Simon Cowell - Icone do Ex-factor, simbolo zénite da destruição da musica, antitese de arte, Rei da formatação e Diabo fascista didator que monta a cada gesto o pedestal da anti-criatividade.

A coisa mais bonita no entanto, é que por mais Simon Cowells e A&Rs dinheiristas que haja a internet e estes excitantes novos tempos, permitem que a melhor musica do mundo esteja disponivel a todos, a 10 min de um download, a um click do mouse, em discos duros e bancos de memoria virtual.

A crise financeira extinguiu o "middle man". O burocrata engravatado que promove a musica de plastico para enriquecer esta a cada passo que o tempo dá mais obsoleto, a reforma da grande editora é eminente. Elas andam aí todas a fazerem cinergias, a comprarem-se umas as outras mas a verdade é que tem os dias contados. Há de haver sempre musica de merda, há de sempre ter mais força popular mas os productos deles hão de ser produtos de 5 min. Os artistas indie hoje fazem carreira ao construir uma base de fãs de baixo para cima, porque não dependem da quantidade de dinheiro injectada na comunicação social e rotação MTV.

Por mais Artistas pré-fabricados que os Idolos, X-factors e programas fast-food criem não têm meios de bloquear o movimento independente ou Internet hegemónico nos dias de hoje.

Susan Boyle, cantora de casa de banho com história de cinderella retirou o titulo aos Artic Monkeys de debut(estreia) mais bem sucedida de sempre, o album teve um registo de vendas astronómico na primeira semana. A diferença é que os Artic Monkeys não nos foram impostos, não nos foram alimentados por um programa fast food de geração de dinheiro, cuja premissa não é premiar o talento, mas premiar aquele que mais potencial tem de vender! (não consigo entender como é que as pessoas aceitam ver e apoiar essa premissa e esses programas). Os Artic criaram buzz no myspace, lançaram o disco numa editora independente que vai pelo nome de Domino, não foram impingidos e publicitados em massa, foram escolhidos pelos amantes da musica, e encheram arenas com word-of-mouth e os lucros das vendas dos discos deles voltou para os seus bolsos e hoje fazem carreira na mesma editora que começaram, com a mesma estrutura. O sucesso da Susan Boyle vai-se traduzir em dinheiro que o Simon Cowell e a cadeia televisiva vão ganhar e em toda probabilidade vai morrer pobre com uma carreira de 5 min.

I-generation

Nem estou preocupado, não é pelo Simon Cowell ditar aquilo que passa na t.v. que a musica relevante deixe de fluir na net e magazines com a mesma força que a àgua corre pelos mares e o sangue percorre as nossas veias. Não é por ele querer destruir a musica que os Grizzly bear deixem de ter 12,000 espectadores nos seus espetáculos, sem promo pop ou reclames televisivos, não é pelas editoras de hiphop investirem milhões em lixo que a mixtape que o Joell Ortiz fez no autocarro do seu tour tenha deixado de me chegar aos ouvidos e que as magazines e bloggers deixem de o condecorar, apenas alguns exemplos entre centenas para provar que...

Há toda uma Igeneration que usa a internet de forma religiosa pra filtrar o lixo e a mentira, que contorna os filmes dos grandes estudios designados a distrair-nos com defecação explosiva e drama plastificado, que queima em fogueira os livros de "celebridades e jogadores de futebol" que enchem os tops das livrarias e rejeita essa musica pornográfica de 3 min. refrão x-factor.

Nós da I-generation puxamos e trocamos ficheiros nobres de filmes musica e livros independente que os Simon Cowells não querem que vejamos. Querem que sejamos burros e ignorantes, mas é tarde demais...a I-generation chegou, e é a coisa mais comunicativa e pedagógica de sempre. Download no meu dicionário é sinónimo de aculturação e educão.





Salvamarte.